Era da Confirmação...
Cumprimentamos a comunidade espírita, não só de Uberaba, como de todas as plagas onde nossos princípios alcançam.
Sempre tivemos consciência de nossa insignificância, e, apagados foram os rastros que deixamos na Terra e nos beneficiamos das luminosidades refletidas dos benfeitores amigos, que de certa forma projetavam claridades em nossa silhueta humana tão descaracterizada por nossas imperfeições.
Um dia mencionamos que se tivéssemos autoridade bastante colocaríamos na frente de cada lar, cidades e ruas, as "palavras" de Nosso Senhor Jesus, tão atuais e oportunas para o momento especifico, quando diz: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". É por falta de amor e comprometimento com os princípios que nos irmanam que notamos tantas cisões em nosso movimento, que desbravou trilhas para que as lições de Jesus chegassem ao coração do povo.
Nem percebemos, mas estamos atravessando uma era de turbulências em nossos arraiais e estamos sendo recrutados para vivenciar a fase da confirmação dos ideais que esposamos e que capazes já são de acrescer os valores morais angariados nesta íntima convivência com o Nosso Mestre e Senhor, "representados" por seus ensinamentos que jamais serão ultrapassados ou substituídos por quaisquer outros.
Com a completa exaustão de nossa forma física, não se fecharam as portas da espiritualidade maior, pois vemos companheiros devotados, coevos de todos, esforçando-se o quanto podem para intermediar o contato com o plano espiritual, que temos ciência que jamais calaria sua voz devido a ausência de apenas um dos tantos instrumentos capacitados a serviço da verdade no torrão terrestre.
Jesus partiu e não houve substitutos nominais continuando seus planos.
Um dia tivemos a oportunidade de nos comparar à rama de grama quando foi aventada a nossa possível substituição, e, de posse da verdade de nossa própria realidade espiritual, foi que enfatizamos o exemplo citado. Morre uma e tantas outras despontam a serviço da mesma causa.
Os médiuns que militam posteriormente "à" nossa humilde tarefa que com amor cumprimos, além de pagarem pesado ônus, vivenciam lutas lamentáveis, patrocinadas por nós mesmos, quando a invigilância se exacerba e permitimos tantos julgamentos com forte tendência para a maledicência.
A descrença campeia sorrateira em nossa gleba e as dúvidas e o desrespeito bombardeiam ânimos que se arrefecem.
A era da confirmação da excelência de nossos princípios está "aguardando" atitude de nossa parte.
Temos liberdade para "discordarmos" das idéias, mas temos que ter prudência para não malhar seus autores.
Franqueza com alarde é descaridade.
Discordar apontando o dedo em riste é desequilíbrio.
Rivalizar-se e requerer direito de respostas frente às agruras derivadas das criticas, é sobra de tempo a serviço da inoperância.
Os olhares maldosos dos nossos adversários "podem" até nos alcançar a caminho, nos vendo transformar as pedras que nos foram arremessadas em alicerces para nosso triunfo espiritual, entretanto que nunca nos abale a granítica fé que somos chamados a exteriorizar em vista das benesses que já incorporamos em nossa personalidade em constante reforma.
Os problemas que hoje exatamente vivenciamos, são de ordem de foro intimo, e esta tem sido a brecha que estamos oferecendo aos inimigos da luz.
A era da confirmação de nossas mudanças intimas é a que se destina a abrandar a voz felina em grupamentos ou na tribuna, a conter os impulsos de mãos que escrevem para periódicos sob o jugo de idéias menos felizes e também coibir o diálogo ofensivo, que mesmo camuflado tenha efeito bombástico para os que nos ouvem.
A era da confirmação certamente é a advertência da espiritualidade maior para que a família espírita atente e pratique.
Chico Xavier
(Página psicografada pelo médium Alaor Borges Jr, em reunião comemorativa dos 75 anos do Sanatório Espírita de Uberaba, na noite de 30 de Dezembro de 2008, na cidade de Uberaba, MG)
Nenhum comentário:
Postar um comentário